Artigo: Butão, o reino budista, guardião de tradições ancestrais
Butão, o reino budista, guardião de tradições ancestrais
Assim que meu avião pousou, e eu desembarquei no aeroporto de Paro, no Butão, senti algo diferente.
Ao pisar no aeroporto, me deparei a princípio, com um painel, bem decorado, com um letreiro que dizia: Reino do Butão. Ao entrar na fila para verificação do passaporte, ao invés de ansiedade, sentimento comum durante esse momento de chegada, pela primeira vez senti paz.
Não sei se esse sentimento de paz, era consequência do silêncio do local, da tranquilidade dos passageiros que ali desembarcavam, ou da simpatia das pessoas que trabalhavam no setor de imigração, o que também, não é nada comum.
Só sei que assim que pegamos nossas malas, e saímos do aeroporto, ao respirar senti o ar puro das montanhas, que imediatamente me chamaram a atenção. Nosso guia, veio ao nosso encontro, e com um ar acolhedor, disse apenas o necessário, com poucas palavras em um tom de voz baixo.
Entramos em uma van e seguimos em direção ao hotel, com uma parada para visita em nosso primeiro mosteiro budista.
No caminho, o guia nos passou algumas informações básicas, e concluiu, brincando que no Butão eles não possuem produções próprias e que a única coisa que eles têm para oferecer, seria apenas ar puro. Mal sabia ele, o quanto valia aquele ar puro para nós...
Chegando no hotel, fomos recebidos com um chá quente de maça com canela e em um lobby silencioso fizemos nosso check in.
Aquele silêncio...incrivelmente, aos poucos, preenchia qualquer vazio que houvesse dentro de mim.
Em uma mistura de momentos de silêncio, chás, e um café da manhã composto por mingau morno de aveia, omelete e café coado, vi surgir dentro de mim um sentimento de felicidade, misturado com paz e tranquilidade, que ainda não havia sentido durante a viagem, ao passar por outros países.
Curiosa, comecei a observar melhor todos os costumes daquele povo, em busca de entender quais as razões pelas quais, naquele local, eu me sentia tão bem...
Budismo, Filosofia Zen, rodas e bandeiras de oração espalhadas pelas cidades e estradas, interação constante com a natureza, clima fresco, nem muito frio e nem muito calor, ar puro, e um país composto por uma população de apenas onze milhões de habitantes. Com uma análise rasa, criei a teoria de que a junção desses fatores pode ser uma forte indicação do bem-estar que senti ao visitar o país.
Claro que aproveitei minha estadia, para garantir alguns livros sobre a cultura local, e principalmente sobre o Budismo e sobre a história de Buda.
Também trouxe em minha mala um punhado de chás e incensos, além de muita inspiração para aplicar alguns dos aprendizados que tirei dessa passagem pelo Butão.
Deixar comentário
Este site é protegido por hCaptcha e a Política de privacidade e os Termos de serviço do hCaptcha se aplicam.